PRODUÇÕES (9ºano)

  Textos produzidos nas aulas de Produção Textual-9ºano-Escola Joaquim Pimenta

"A leitura torna o homem completo; a conversação

torna-o ágil; e o escrever dá-lhe precisão."

                                                                                                   Francis Bacon

                   O sofrimento da menina Thainara

                Numa cidade calma e pacata, onde as pessoas não eram estressadas por isso muito cautelosas, uma cidade de pessoas curiosas.Pelo fato de quase não haver problemas ali,quando acontecia alguma coisa os moradores ficavam curiosos para saber o que estava acontecendo ou que tinha acontecido.

               Na rua 24 do bairro Lisboa morava uma turma de curiosos. Era seu Luís, homem magro e alto que gostava de conversar com dona Aparecida. Além deles moravam dona Aninha que adorava uma fofoca e mais a frente morava seu Joaquim, que sempre fugia das conversas com os três, aparentava ser um homem calado, que sempre estava na dele, além disso era muito inteligente.Como era costume na cidade sentavam-se nas calçadas de suas casas todas as tardes para bater papo.

               -Vocês duas sabiam que se mudou uma família para essa rua?

               -Não, não sabíamos que tinha gente nova na rua. E quem é seu Luís? Perguntava dona Aninha.

               -É uma mulher, com dois filhos uma menina e um menino. – Dizia seu Luís.

               -É na verdade é uma família misteriosa, mas deixa para falar nesse assunto depois, porque parece que vai chover e eu tenho que tirar as roupas do varal.-Falava dona Aparecida.

               Então eles pararam a conversa  e entraram na casa. Depois alguns dias que os curiosos não conversavam, eles se encontraram novamente na calçada, e começaram a conversar sobre a “família misteriosa”.

                Eu não sei se vocês repararam, mas só quem sai dessa casa e é para trabalhar é a mulher.O menino parece ter uns 8 anos e não estuda; a menina de vez em quando olha a rua pela janela e dá para perceber aquele olhar triste estampado no rosto dela.- Fala dona Aninha.

               - Engano seu um dia a noite quando eu ia fechando minha janela eu vi o homem desta casa chegando, ele estava muito bêbado, quando ele entrou dentro de casa eu escutei o choro da menina, e os gritos da mãe pedindo que ele soltasse a jovem.- Dizia seu Luís.

               -Eu também já reparei algumas coisas estranhas nesta casa; ontem quando eu colocava comida para os cachorros escutei o homem chamando a menina para dentro do quarto, e ela dizendo que não queria ir que já estava cansada. Sei não mas eu acho a reação dessa menina muito estranha.-Dizia dona Aparecida.

                Foi a partir desse momento, juntando as observações que cada um havia feito que eles começaram a ficar interessado por aquele assunto. Eles ficavam se perguntando, porque será que a menina chora tanto? Porque só a mãe trabalha e porque o menino não estuda e nem a menina.

               Então eles resolveram visitar a família.

               -É então a gente amanhã vai lá visitá-los– Dizia seu Luís.

               -Tá bom. –concordava dona Aparecida.

               No dia seguinte eles foram visitar a família, ao chegar lá se depararam com a jovem deitada numa rede, ela estava grávida. Quando olharam para o lado da rede estava seu irmão com uma mancha enorme no olho.

               -Como é seu nome? – Perguntou dona Aninha para a menina.

               -É Thainara.

               -Quem é o pai da criança que você está “esperando”? Perguntava dona Aninha

               -Ah! Isso eu não posso dizer porque se não eu morro.

               Foi nesta hora que o homem da casa saiu e expulsou todos de dentro da casa dele. No dia seguinte quando os “fofoqueiros” se reuniram, ficaram sem saber o que fazer para ajudar aquela menina que era tão magrinha e tão nova e já estava grávida.

                Foi então que eles resolveram pedir ajuda a seu Joaquim. Contaram a história toda e ele falou:

               -Pois o melhor que temos a fazer é chamar o conselho tutelar para resolver esse problema. Porque além de manterem em cárcere privado, ele bate nos seus filhos e talvez impeça eles de estudar.

               Então assim fizeram, chamaram o conselho tutelar. O homem foi preso, por abusar sexualmente a própria filha e impedir o direito dos filhos de estudar e além disso tudo ele batia nos seus filhos.

               A jovem teve seu filho, o seu irmão começou a estudar e sua mãe trabalhava sem preocupações para sustentar sua família.

               E desse dia em diante a vizinhança ajudava a família com o que podia.  

                                                            Celena Pedrosa Cavalcante,14 anos 9ºano B

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                               Uma prova de amor

           Em uma manhã quente de início de verão Alice se impressiona com um rapaz chamado Brian Fernandes, que veio não sei sabe de onde. Braian é um rapaz cheio de mistérios que vivia isolado de tudo e de todos. Ele veio com a intenção de se libertar de um romance que teve em séculos passados.

           Na primeira temporada de verão, Braian entrou na escola Joaquim Pimenta, ele sabia que seu futuro estava ali. Alice uma garota muito popular na escola e na pacata cidade de Tauá, ainda não havia superado a morte de seus pais em um trágico acidente de avião,avistou um garoto de aparência exuberante e que lhe tocou no mais profundo dos seus sentimentos. Ela de ímpeto, se aproximou de Braian que estava sentado e lendo seu livro que adorava:

           — Não conheço você? É novo aqui na cidade? Perguntou Alice trêmula. Braian como um animal acuado se esquivou dela.

            Alice sem entender fiou um pouco constrangida com o ato do garoto misterioso. No dia seguinte Braian não apareceu na sala de aula, Alice ficou em dúvida se foi por causa dela que ele faltou. Ela de imediato foi procurar saber se ele morava por perto, com quem, mais porque estava ali e o mais importante porque tinha faltado. Sua melhor amiga Fernanda ajudou a procurar por ele.

           Depois de algumas horas de pesquisas e buscas frustradas, ela desiste de procurar e vai dormir em um silêncio, que sua mãe adotiva se preocupa com o estado da filha e pergunta insistentemente:

            — Alice você tem o costume de dormir cedo, o que é que está acontecendo? Ela se vira e não fala se quer uma palavra.

            No dia seguinte chega o grande dia da festa de formatura e Alice se encontra com Fernanda para escolher as roupas que vão vestir no baile. Alice sente uma presença esquisita e agarra-se no braço de Fernanda:

            — O que você tem Alice? Pergunta Fernanda com um pouco de medo em relação a amiga.

           — Senti uma sensação estranha, como se alguém tivesse nos seguindo:

           — Alice isso é coisa da sua cabeça. Vamos logo temos uma festa para irmos, além disso nós ainda temos que experimentar nossas roupas.

            Chegando na loja de roupa elas vão logo experimentando os vestidos que estão todos amontoados em armários e despensas. Quando Alice está se olhando um reflexo de um homem aparece e some como se fosse fumaça penetrando nas brechas de um piso:

           — Você não viu isso Fernanda? Gritou Alice com rumores de medo. A amiga sem nada entender nada pergunta o que estava acontece. Alice explicou tudo e Fernanda como sempre diz:

           — Isso é coisa da sua cabeça.

Enfim a noite cai, no baile começa e é lua cheia, Braian percebe que Alice chega e se aproxima dela, logo chama ela para dançar:

          — Você está perfeita. Diz Braian com seus olhos fixamente olhando para os de Alice. Ela um pouco tímida com o que Braian falou só deu um sorrisinho e continua dançando. Quando da meia noite os olhos de Braian começam a mudar ela logo percebe e pergunta:

          — O que está acontecendo? Ele leva ela para um lugar fora do baile e diz:

          — Vou lhe mostrar tudo ao meu respeito diz ele concluindo.

          Ele leva ela para um lugar deserto, sem som nenhum, o silencio do lugar parecia um local oculto. Logo veio a surpresa, Braian começou a brilhar e foi se transformando em um ser sobrenatural. Alice ficou como uma pedra não se movia e não tinha reação. Ela muito tremula perguntou:

          — O que você é? Braian começou se explicar falando tudo, o que tinha motivado para ele ficar daquele jeito:

         — Alice se acalma, vou explicar tudo. Eu tenho essa aparência de jovem, mas tenho 121 anos de idade, tive um namoro no início do século XX e fui vítima de uma cilada que Belatrix minha ex namorada fez comigo, ela era bruxa e não queria que nosso namoro acabasse. Ela misturou vários seres sobrenaturais e colocou em mim causando essa aparência de uma aberração, de dia um mocinho e a noite isso que você ver Alice.

         Alice comovida com o relato do moço, tocou em seu rosto e beijou ele. Quando de repente um facho de luz acendeu e o feitiço foi quebrado, um beijo de um amor verdadeiro pôde quebrar a maldição. Passando-se uma semana Alice teve uma surpresa, estava grávida. Braian agora pode ter uma família, compraram um casarão e foram felizes para sempre.

                            Carlos Wanderson Rodrigues Bezerra,14 anos, 9ºano B

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A paixão de um vampiro

            Aline é uma garota de 16 anos, uma menina bonita, elegante, loira com olhos azuis e um corpo perfeito. Desde pequena sempre teve cuidado com seu corpo, talvez seja por isso que hoje ela é tão meiga e perfeita. Com treze anos imaginava conhecer seu príncipe encantado, mas ainda não teve oportunidade, apenas teve contatos com alguns meninos, mas percebeu que não valia a pena e resolveu partir pra outra.

            Ela morava na cidade de Céu Azul uma pequena cidade localizada perto de Monte Grande. Sempre se interessou nos estudos e por isso está quase terminando, nunca repetiu de ano e já cursa o 2º ano do ensino médio na escola Viver e Aprender, depois de quatro quarteirões de sua casa. Mora nesta cidade há três anos e nunca encontrou uma grande paixão, este sonho para ela nunca se realizaria.

           Sônia é sua melhor amiga e sempre está com Aline quando ela precisa, elas são uma caixa de segredos uma para a outra. Tudo de novidade elas contam e colocam em dias os novos babados e as novas notícias ocorridas durante os finais de semana. Sônia mora em outro bairro, mas se encontram na escola ou à noite quando é combinado algum encontro.

           Sexta-feira um dia de chuva, muito frio, Monique mãe de Aline a acorda para ir a escola, ela vai se escovar e olha na vidraça do banheiro a chuva caindo lá fora, tornando a rua cinzenta e tranquila, fecha a cortina e vai merendar. Se ela estivesse ficado mais um pouco teria visto Roberto um menino que havia chegado no bairro a noite passada.

            A menina não imaginava que ele está morando em frente a sua casa e estudando na mesma escola, e não sabe que ele é um menino diferente, muito diferente. Roberto tem dezesseis anos, é loiro, olhos castanhos, alto, forte e de uma vida bastante esquisita, tenta ser  o mais simples possível, mas sua família sempre modifica seus planos.

            Chegando na escola  Sônia rapidamente vai até Aline entusiasmada e encantada:

            — Aline! Olha quem chegou!

            Rapidamente ela desvia o olhar e observa Roberto e seus irmãos. Fixa seu olhar para uma só pessoa: Roberto. Não fala mais nada as palavras fogem, apenas observa até o sinal tocar para ir para sala. Na classe ela o vê entrando e sentando ao seu lado. Ela nervosa sem ação desvia o olhar, ele direciona seu olhar a Aline, paralisa e olha a beleza da menina. Senta-se, tenta disfarçar sua visão para os outros alunos, mas seus olhos não obedecem, se observaram por alguns instantes de forma diferente.

            Roberto toma a iniciativa e fala:

             — Oi! Qual é o seu nome?

            — Ola! Meu nome é Aline, e o seu é Roberto?

            — Sim, como você sabe?

            — Eu ouvi falar.

            A partir daquele momento sempre  conversavam, conhecendo a vida um do outro. Roberto possuía algo que ninguém havia visto antes.

            Seus pais possuíam uma mudança genética que os transformava em vampiro, consequentemente ele nasceu com essa diferença, mas não se aproveita desta situação prefere guardar tudo em segredo. Apenas sua família sabe disso e também mantem segredos.

           No final da aula o sol estava quente e vampiros não podem sair ao sol, ele teve que se esconder e fugir para casa, Aline o procurou, mas não o encontrou e resolveu ir para casa. Chegando lá foi para o quarto, olhou na janela e descobriu que Roberto morava em frente a sua casa, pois havia visto ele chegando apressadamente. Tentou ir lá, mas quando chegou tudo havia se fechado e nenhuma luz estava ligada, estranhou, mas resolveu voltar.

          No dia seguinte o sol iluminava o dia e Roberto não foi para a escola, pois afinal de contas o sol não era seu cúmplice.

          Aline conversava com Sônia informando sobre ele, ela diz que o mesmo não veio que talvez estivesse doente. Passou-se uma semana e nada do Roberto, Aline estranha e decide ir até a casa dele chegando lá, bate na porta e Roberto ao abrir assusta-se exclamando:

          — O que você está fazendo aqui?

          Ela olha em seus olhos e os vê vermelhos e dá um passo para trás com um rápido suspiro, ele percebe e volta as cores normais e ela sai com pressa deixando a dúvida em Roberto. Ele sai atrás dela e conversa com ela:

         — Aline, porque você saiu? Não me deixe!

         — Seus olhos ficaram vermelhos.

         — O que? É que eu estava com uma forte dor de cabeça…

         — Por que você não foi a aula?

         — Eu estou doente.

         — Sei, e… o que foi?

         — Seu rosto me encanta, perco a razão.

         Aline fica encantada com o que ele diz e o beija. Roberto sente o cheiro do sangue de Aline e tenta se desviar e diz a ela que tinha que ir. Sai nervoso e descontrolado conta a seus pais, eles disseram que tinha que se afastar dela ou iria acontecer uma tragédia. Roberto triste olha para a casa dela e não sabe o que fazer.

         Na escola ele a encontra e diz que não podia falar com ela, Aline sem saber o porquê insiste, mas não consegue nenhuma resposta. Ela sai em direção a biblioteca, procura um livro sobre VAMPIROS não sabe porque, mas sentiu a sensação de saber mais sobre o assunto. Ela pensa na voz dele dizendo EU SOU VAMPIRO… E essas palavras se repetem a toda hora em sua mente. Decide chamá-lo em sua casa e sem mais ou menos fala:

        — Você é  umVAMPIRO?

         Ele rapidamente esquiva-se e fala:

        — Não! Não! Por quê?

        — Eu sei, me conta a verdade, por favor.Eu te amo, por isso seja qual for o motivo continue me amando também.- Eles se beijam e ele responde:

        — Eu sou um vampiro!

        Aline sem reação chora e pergunta porque ele não  falou nada e ele responde que ultimamente sonhava em ser um homem normal, mas o sangue dela o embriagava e tinha desejos estranhos em relação a ela.Então, ela toma uma decisão:

         — Eu quero ficar com você, mas para isso eu tenho a solução.

          Ela afastou o cabelo do pescoço e o ofereceu, ele disse:

          — Não! O meu amor por você é mais forte e eu consigo te adorar sem seu sangue confie em mim,apenas confie.

         Eles se beijam e decidem ficar juntos. Passaram dias e meses eles ainda estão juntos com um namoro sério. Em um dia Aline estava na aula junto com Roberto e o professor passou uma redação livre e ela escolheu o título: “A PAIXÃO DE UM VAMPIRO”.

Aline mostrou que não importava o que Roberto era, importava apenas o que um sentia pelo outro e isso era inexplicável

                                             Mariana Alves de Oliveira,14 anos,9º ano D

"O texto A PAIXÃO DE UM VAMPIRO foi vencedor do concurso de texto literários,promovido pela Secretária de Educação do Município de Tauá por ocasião da semana municipal de leitura"